
A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis revelou no dia 17 que a Chevron deve oficializar até o final deste mês o pedido para que a empresa possa voltar a operar no Campo de Frade. O relatório final sobre o que causou o vazamento de petróleo no mar, no ano passado, foi divulgado ontem.
A ANP estimou que o vazamento de petróleo totalizou 3.700 barris (588,3 mil litros), e não 2.400 barris como fora divulgado pela Chevron. Parte desse volume ainda está contida no reservatório e, por isso, continua a ser liberado por fissuras. Ainda sem um valor de multa definido para o primeiro acidente, mas que deverá girar em torno de R$ 40 milhões para 25 infrações, a ANP concluiu que, se a Chevron tivesse seguido corretamente a legislação brasileira e o seu próprio manual de procedimentos, executando análises de risco em conformidade com a regulamentação da agência, o acidente teria sido evitado.
A petrolífera foi proibida de continuar perfurando no campo logo após o vazamento de novembro de 2011. Após um segundo vazamento, em março de 2012, a Chevron suspendeu por iniciativa própria a produção no local, com autorização da agência reguladora. Para voltar a perfurar no país ou injetar água em seus poços, a Chevron terá que provar à ANP que suas operações são seguras.