
O acidente ocorrido com o transatlântico Costa Concórdia há uma semana, na costa italiana, pode levar a uma revisão completa das regras internacionais de segurança em navios de passageiros. A Organização Marítima Internacional, responsável pelas normas, informou que vai considerar seriamente as lições do acidente que matou pelo menos 11 pessoas. Apesar de alguns analistas estimarem que este pode ter sido um dos desastres marítimos mais custosos da história, há de se considerar o extremo risco a que foram submetidos os 3.200 passageiros e 1.023 tripulantes que estavam a bordo no momento em que o navio
chocou-se contra uma rocha e encalhou em um banco de areia próximo à ilha de Giglio, na região da Toscana.
A representação sindical marítima brasileira, capitaneada pela CONTTMAF, há anos denuncia os riscos do transporte marítimo de passageiros, nos navios cruzeiros. Entre as principais questões destacadas pelas entidades sindicais está o não cumprimento às normas sanitárias e de segurança na navegação diante do crescimento acelerado e desordenado deste segmento.
O Secretário Geral da OMI, Koji Sekimizu, destacou que a entidade deverá “considerar” e “se necessário, reexaminar as regulamentações sobre a segurança dos navios grandes de passageiros”, afirmou.
Foto: Reuters