
O navio estrangeiro Seawind naufragou no litoral de Fortaleza, no Ceará, no dia 29 de junho. Desde então, uma série de medidas foram tomadas com o intuito de conter e evitar novos vazamentos de óleo no local.
De acordo com o Ibama, a embarcação estava ancorada há um ano na área abrigada de fundeio do Porto do Mucuripe, por questões trabalhistas. Um dia antes do naufrágio, começou a entrar água na praça de máquinas da embarcação, pela válvula de fundo do navio. O Seawind carregava 4 mil toneladas de granito, além de 75 toneladas de óleo bunker nos taques e instalações. Após a submersão, houve vazamento de cerca de oito mil litros de óleo residual e do óleo combustível do navio.
Segundo a Capitania dos Portos do Ceará, “todas as saídas foram lacradas, confirmando o total controle da poluição hídrica, principal objetivo nessa fase após o acidente”.
Até ontem o vazamento ainda preocupava os moradores e pescadores que vivem na faixa de praia no bairro do Pirambu, em Fortaleza. Entretanto, a Capitania dos Portos garante que “a tendência é que, em breve, a situação volte à normalidade”.
A Companhia Docas local ressalta a eficiência no controle das ações, com a adoção das barreiras de contenção pelo Centro de Defesa Ambiental (CDA), no entorno do navio mercante. Em nota esclarece que, com o vazamento, o óleo residual ficou retido nas barreiras de contenção e foi removido, por sucção, pelas equipes do CDA, desde o início da operação.
“Mas, com o movimento da maré, o óleo que ficou retido nas barreiras de contenção e que fica localizado entre as pedras pode reaparecer, até desaparecer completamente”, cita a fonte, lembrando que as causas do acidente com o Seawind serão anunciadas em 90 dias, prazo para conclusão do Inquérito Administrativo sobre o acidente, instaurado pela Capitania dos Portos. O navio, possui bandeira panamenha e é de responsabilidade da empresa Parus Shipping Incorporation, credora hipotecária da Argo Martime Ltda.