Autor:Luciana Aguiar

Em entrevista recente ao Press Guide, o Presidente da CONTTMAF, Severino Almeida, destacou que os últimos anos foram dedicados à recuperação da construção naval e que, agora, é a hora da Marinha Mercante Brasileira.
De acordo com o líder sindical, a expansão da atividade marítima brasileira se dará, principalmente, pela navegação de cabotagem. “A verdade é que o mundo das empresas de navios porta-contêineres mudou muito nos últimos anos. Cerca de 30 empresas globais se fundiram em apenas seis ou sete mega grupos. Eles têm alta tecnologia, bases em todos os continentes e fantástica logística. Como país emergente, o Brasil tem de voltar a transportar suas cargas, mas, a curto e médio prazos, só vejo perspectivas para a cabotagem. O efetivo e desejado retorno dos navios brasileiros, de porta-contêineres, aos portos do mundo, vai tardar um pouco mais”, – ressaltou.
No decorrer da entrevista Severino destacou as ações políticas que estimularam o soerguimento e aumento da competitividade da Marinha Mercante Brasileira, destacando que este é um projeto nacionalista e que, portanto, seria uma incoerência a contratação de marítimos estrangeiros para guarnecer as embarcações. “Seria inimaginável o governo dar apoio a um projeto de navegação que prevesse o uso de pessoal estrangeiro. Isto seria inaceitável para nós”, salientou. O Presidente da Confederação voltou a lembrar que o mercado nacional para marítimos brasileiros está em equilíbrio e que o mal propalado termo “apagão marítimo” é uma ficção criada por aqueles que têm o interesse de aviltar condições laborais conquistadas com décadas de luta.