
O supergraneleiro Vale Beijing, de propriedade da STX Pan Ocean e afretado pela Vale, rebocado há pouco mais de um mês do píer 1 do porto de Ponta da Madeira, em São Luís, para uma área a 11 quilômetros da costa, na Baía de São Marcos, está sendo preparado para uma nova operação para retirada de 2,5 mil toneladas de óleo. O navio, que possui 361 metros e está carregado com 260 mil toneladas de minério de ferro, permanece sem estabilidade e corre risco de naufrágio.
De acordo com a Capitania dos Portos da região, um navio-tanque que a Petrobras usa para abastecer cargueiros na Baía de São Marcos já foi atracado a um dos costados da embarcação e passa por testes. Técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Capitania dos Portos do Maranhão acompanham os testes.
O armador sul-coreano STX Pan Ocean e a empresa de salvamento marítimo holandesa Smit estão concluindo a manobra para transferir 50 mil t de minério de ferro do porão n.° 7, contíguo ao tanque de lastro rachado, para os porões 3 e 5, o que dará mais estabilidade ao navio.
A Marinha do Brasil investiga as causas do incidente que causou o rompimento de dois tanques de lastro e provocaram uma rachadura no casco do navio no dia
5 de dezembro, contudo, as causas do incidente poderiam estar relacionadas a fatores como distribuição da carga no embarque, fadiga do material e/ou falha
na construção. O inquérito deverá ser concluído nos próximos meses.